quarta-feira, outubro 31, 2007

22 dias...



Contra o Tempo



Vander Lee
Composição: Vander Lee



Corro contra o tempo pra te ver
Eu vivo louco por querer você
Morro de saudade, a culpa é sua

Bares ruas estradas desertos luas
Que atravesso em noites nuas
Só me levam pra onde está você

O vento que sopra meu rosto cega
Só o seu calor me leva
Numa estrela pra lembrança sua

O que sou, onde vou, tudo em vão...
Tempo de silêncio e solidão

O mundo gira sempre em seu sentido
Tem a cor do seu vestido azul
Todo atalho finda em seu sorriso nu

Na madrugada uma balada soul
Um som assim meio que rock in roll
Só me serve pra lembrar você

Qualquer canção que eu faça tem sua cara
Rima rica, jóia rara
Tempestade louca no Saara.

O que sou, onde vou, tudo em vão...
Tempo de silêncio e solidão

(Foto: Refrescando a mão em algum ponto da BR Fernão Dias. 12/10/2007)

terça-feira, outubro 30, 2007

Se não tem mar...vamos para o bar! Até o New York pensa assim...


Minha (nossa) cidade natal mereceu reportagem no NYT, sobre seus bares.

Quem quiser conferir in loco veja o Link http://travel.nytimes.com/2007/10/28/travel/28next.html.


Para quem não tem tanta intimidade com o inglês:


28/10/2007


Belo Horizonte, uma cidade onde o mundo é um bar


De Seth Kugel


Belo Horizonte, a capital de Minas Gerais, conseguiu se tornar a terceiramaior cidade do Brasil e continuar quase totalmente desconhecida para o mundo exterior. Se os turistas mais atraídos para os prazeres sensuais do Rio de Janeiro ou a agitação urbana de São Paulo a conhecem é porque passam por ela a caminho de Ouro Preto e Diamantina, vendo a mais como uma escala para reabastecimento na rota das pitorescas cidades mineiras da era colonial. Seu anonimato internacional se explica pela falta de litoral, e portanto de praias, de um carnaval famoso e de grandes atrações, exceto alguns edifícios desenhados por Oscar Niemeyer que empalidecem perto de suas famosas obras de Brasília. Mas "Beagá", o apelido da cidade, pode reivindicar fama como capital brasileira dos bares. Não bares como nos saguões elegantes de hotéis ou em mercados agitados, mas botecos lugares informais onde diversas gerações se encontram, se sentam, bebem cerveja e aguardente e muitas vezes fazem uma refeição informal. A se acreditar na propaganda local, a cidade tem 12.000 bares, uma quantidade per capita maior que a de qualquer outra cidade do país. Por quê, ninguém tem certeza absoluta, mas uma teoria se transformou em ditado popular: "Não tem mares, tem bares". Embora os guias turísticos raramente os mencionem, eles são uma ótima maneira de os viajantes mergulharem na vida social de uma cidade cuja área metropolitana explodiu nas últimas décadas, para mais de 5 milhões de habitantes. A melhor época de visitá-la é em abril, para a competição 'Comida di Buteco', quando cerca de 40 dos melhores bares disputam prêmios em categorias como higiene, cerveja mais gelada, serviço e, principalmente,o melhor tira-gosto. Os vencedores são decididos não apenas por juízes, maspelo voto público, dando aos moradores uma boa desculpa para sair todas as noites durante um mês. Se você perder o concurso, não se preocupe. Toda noite do ano parece ter uma clima de festa em Belo Horizonte. Vá até a Mercearia Lili (rua São João Evangelista, 696, Santo Antônio, 31-3296-1951), um participante habitual da competição entre bares. É um dos muitos locais em Santo Antônio, um bairro de alto nível, com ladeiras íngremes que exigem técnicas sobre-humanas de estacionamento, ou, de preferência, use os táxis da cidade. O bar é típico de muitas maneiras, a começar pelo mobiliário: mesas ecadeiras de plástico amarelo com logotipo de cerveja, que se esparramam pela calçada (garrafas de 600ml de cerveja, a ser compartilhada em pequenos copos, são as preferidas em toda a cidade). O burburinho da conversa e o ruído das garrafas e não um DJ fornecem a trilha sonora; homens e mulheres grisalhos e jovens que nos EUA seriam menores de idade compartilham as mesas. Não muito longe fica o Via Cristina (rua Cristina, 1203, Santo Antônio,31-3296-8343). É mais elegante, com mesas cobertas de toalhas xadrez verde e brancas, garçons uniformizados e uma parede de cachaças centenas de garrafas diferentes da aguardente de cana-de-açúcar que os barmen alcançam usando uma escada como as de bibliotecas. Sua participação no concurso deste ano foi o Raulzito, um bolinho frito recheado de carne-seca que custa R$2,00. Se houvesse um prêmio pelo "Mais Difícil de Chegar", o Freud Bar (sem endereço, Nova Lima, 31-8833-9098, mapa em freudbar.com) ganharia todos os anos. O lugar fica escondido no meio de uma mata perto da cidade, e chega-se lá por uma estrada sinuosa de terra. O bar é construído num morro, aquecido por lareira e tem algumas mesas sob as árvores. Tem música ao vivo (blues e rock) e serve um cardápio limitado, mas criativo, como vinho quente ou uma sopa de abóbora, mussarela e frango (R$ 3,50), uma boa variação da sopa de feijão com toucinho oferecida em quase todos os botecos. Informal, com suas mesas e cadeiras 'diferenciadas', o Bar do Caixote é um dos muitos botecos de 'Beagá'. Os botecos não são apenas assuntos noturnos, como você descobrirá se for ao Mercado Central da cidade numa tarde de fim de semana. Claro, há barracas que vendem frutas, carne, os famosos queijos de Minas, cães e aves vivos (para mascotes) e galinhas vivas (para jantar). Mas o mercado também é cheio de bares lotados e barulhentos como o Lumapa, onde as autoridades precisam cercar com correntes a calçada para que os clientes do mercado possam circular. Uma opção mais calma é o Casa Cheia (Mercado Central, loja 167,Centro, 31-3274-9585), um lugar com mesas que serve criações como o Mexidoido Chapado, uma mistura de arroz, legumes, quatro tipos de carne e ovos de codorna. Também vale a pena ir aos bairros mais distantes para ver algumas versões mais excêntricas de bares. (Com 11.999 concorrentes, faz-se o possível parase destacar.) O ultra-informal Bar do Caixote (rua Nogueira da Gama, 189,João Pinheiro, 31-3376-3010) tem mesas e cadeiras feitas de caixotes de madeira. O vencedor geral do concurso deste ano, o Bar do Véio (rua Itaguaí,406, Caiçara, 31-3415-8455), fica num bairro distante e o motorista de táxi pode ter dificuldade para encontrá-lo, mas qualquer pessoa na região poderá lhe indicar. Seu prato simples de pedaços de carne de porco com bolinhas douradas de batata frita, servido com molho de abacaxi e hortelã, foi o tira-gosto vencedor de 2007. Quando você precisar de um descanso dos bares, faça um passeio à tarde ao bairro da Pampulha, onde há vários edifícios de Niemeyer, incluindo sua famosa Igreja de São Francisco de Assis. O bairro também abriga o mais famoso restaurante de Belo Horizonte, o Xapuri (rua Mandacaru, 260,Pampulha, 31-3496-6198), o melhor da cidade para experimentar a tradicional cozinha 'caipira' de Minas Gerais. E no domingo de manhã você pode encontrar presentes incomuns na 'feira hippie' (ou Feira de Arte e Artesanato da Afonso Pena), dois longos quarteirões da avenida Afonso Pena cheios de roupas, jóias, artigos de decoração e artesanato. Quando terminar, pare nas barracas nas duas extremidades para comer peixe frito ou doces de coco, ou entre para descansar no maravilhoso Parque Municipal, logo abaixo da feira. Em qualquer um deles você não estará longe de um vendedor ambulante pronto para lhe abrir uma lata de cerveja. Em Belo Horizonte, o mundo é um bar.


Tradução: Luiz Roberto Mendes Gonçalves

23 dias...


É impossível sentir saudades do feio, do triste, do escuro, do que nos deixou mágoas.

A vida nos traz saudades do que nossos olhos, as vezes nem viram, mas a alma gravou como felicidade, prazer, encanto, amor. Saudades...

É o estado da alma provocado por aquilo que ainda nem vivemos, mas já sentimos e guardamos aconchegado bem lá no fundo.

Toda vez que essas boas lembranças "brotam", a saudade aparece. Ela não é triste, ela não é alegre, ela é saudade e se basta!

Sentimento único, incontrolável que permeia nossas entranhas, avassala nossa quietude, transpassa as barreiras dos nossos sentidos. Forte, única e necessária.

Saudade é feita de momentos inesquecíveis (como o dia que te conheci).

Momentos de pura poesia, de beleza ímpar.

Sinto a única coisa que expressa essas múltiplas luzes coloridas, a saudade...

Sinto sabores, perfumes, toques.

Revivo, e reviver é viver novamente.

Ah! Saudades... daquilo que não se tem, do que não se saber ser, do que ainda não é.

Citando Drummond: "A saudade, essa saudade assimilada, ninguém rouba mais de mim".

Os momentos inesquecíveis precisam reacender-se quando precisamos deles. Só assim, podemos acreditar que o dia seguinte virá com alegria porque o ontem, guardado no fundo da alma, tem a saudades para reavivá-lo nos fortalecendo para o amanhã.



"I'm falling in love again

ain't nothing I can do

Falling in love again

And this time it's with you..."

(Eagle Eye Cherry)

segunda-feira, outubro 29, 2007

24 dias...

Criatividade bloqueada pela saudade!!!
Putz...
Já?


25 dias...

Domingo...
O dia cai. Penso em você e o tempo se esvai.
(Sempre) me vem a mente cores, formas e aromas que penso serem seus.
A cor do tempo te deixa perto de mim.

(Repetido...mas...)
(Foto: A caminho do mar. Fev/2007)

26 dias...


Tem dias em que nada melhor do que botar as pernas pra andar...elas existem pra isso. Ou você não sabia disso?
As paisagens do Espinhaço impressionam...o Cipó desce manso lá pelas bandas onde passamos. Ê trem bão é banho de rio (se eu tivesse me lembrado do biquini, é claro!). Mas só de molhar (e não foi só o pé, rs) tá valendo...
Trabalhar assim é bom demais! Caminhada, rio, caminhada, rio, almoço! Tudo acompanhado de gente que faz com que o mundo pareça realmente um lugar digno de se viver!
Vindo trabalhar eu li: "O mundo não é descartável." Nem as pessoas...
Andar pelo Espinhaço resgata o meu ser mineiro. Adoro ser menina de Minas!
O mineiro tem esse jeito faceiro das montanhas. Um jogo de mostra e esconde que encanta, assusta as vezes...afinal, montanhas são altas.
Chegar ao cume é um desafio recompensador, assim como é chegar a alma e ao coração de um mineiro, ou mineira. Mineiro é desconfiado...
Mas um coração mineiro bate diferente quando é conquistado...Eu sei!