sexta-feira, novembro 30, 2007

Pequenos prazeres da minha Amelie

Todas as vezes que assisto "O fabuloso destino de Amelie Poulain" sou tomada de uma esperança arrebatadora...

Assisti ontem. Acho que vou comprar o dvd. Apesar de estar baixando na net...ops! Não é pirataria não, tá?

Bom, mas o que quero dizer é que acabei me lembrando dos prazeres de Amelie, que acabaram me levando nesse final de tarde aos meus prazeres.

E um deles é imaginar que a vida tem trilha sonora...gostaria eu que composta por Miltons, Norahs, Claptons, Herberts...

Pensando em tudo isso me deparei pela net com um site bem legal "As garotas que dizem Ni" e achei essas "reflexões" (rs) bem interessantes...

"Quando fico entediada com o cenário da música atual, relembro a História. E ficar vasculhando coisas sobre a música, os músicos, fatos curiosos e perdidos não poderia ser uma atividade mais divertida. Já tinha ouvido falar em tudo isso?

- Norah Jones, aquela moça que canta músicas e é como se estivesse cantando bombons trufados, é filha do indiano Ravi Shankar. Ravi é um músico especialista na cítara e que ensinou ninguém menos que os Beatles a fazer sua arte.

- O rollingstone Keith Richards tem 187 anos. Tá bom, ele tem só 105. Ok, ele tem 64 anos. E quando ele nasceu, sua cidade na Inglaterra estava sob fogo da Segunda Guerra Mundial. E isso é verdade.

- Quando o Elvis abria a boca para cantar, um anjo ganhava asas.

- O primeiro show do Sex Pistols aconteceu em 6 de novembro de 1975 e contava com oito espectadores. Tinha um garoto de 19 anos no vocal, um tal de Johnny Rotten, que fez teste para entrar na banda dublando uma música em uma jukebox.

- O Woodstock aconteceu em 1969 e tinha a esperança de juntar 50 mil pessoas. Juntou 400 mil (e a zona foi tanta que a polícia, certa hora, declarou o lugar “área de calamidade pública”). E se eu tivesse que escolher um dia para ir, dentre os três, optaria pelo segundo, com performances de Janis, Creedence, Grateful Dead e, avemaria, The Who.

- A música “Hit Me Baby One More Time”, consagrada pela Britney Spears, foi primeiramente oferecida em sacrifício para a banda vocal TLC. Burras, descartaram.

- Nesse exato momento, o álbum em primeiro lugar na parada da Billboard é “Still Feels Good”, de uma banda chamada Rascal Flatts.

- O nome da dupla que conhecemos como “Sandyjunior” é Sandy Leah Lima e Durval Lima Júnior. Pois se a Sandy casar com o menino da Família Lima, ela vai virar Sandy Leah Lima Lima. Já se o Júnior casar com o menino da Família Lima, ele se torna Durval Lima Júnior Lima – aí sim justificando o “Júnior Lima”.

- O Vital, aquele da moto, foi o primeiro baterista dos Paralamas do Sucesso. Mas ele faltava muito aos ensaios e, um belo dia, foi sumariamente trocado por João Barone.

- O Bon Jovi é filho de uma ex-coelhinha da Playboy com um cabeleireiro. E tenho dito."

(Sei que tens uns posts bem mais ou menos...mas é a vida que não anda me inspirando...hehe)

quarta-feira, novembro 28, 2007

Só pra te mostrar

Pode até parecer falta de criatividade, mas é que as vezes algumas canções dizem tanto por mim a ti...

Composição: Herbert Vianna

Não quero nada
Que não venha de nós dois
Não creio em nada
Do que eu conheci antes de conhecer
Queria tanto te trazer aqui
Pra te mostrar, pra te mostrar por que
Não há nada que ponha tudo em seu lugar
Eu sei
O meu lugar está aí
Não vejo nada,
Mesmo quando acendo a luz
Não creio em nada
Mesmo que me provem certo como dois e dois
As plantas crescem em nosso jardim
Pra te mostrar, pra te mostrar por que
Não há nada que ponha tudo em seu lugar
Eu sei
O meu lugar está aí

O que o vento não leva?

Talvez a expressão "Carpe Diem" não se ajuste a todos os momentos da vida...
Pelo menos não aos momentos que não gostaríamos que acabassem...
Momentos que ficarão para sempre em minha memória, corpo e coração...
Pequenas horas no tempo. Horas que o vento não levou.
Não foi capaz de levar minha dor, minha angústia...
Por que o vento te levou...fez a curva bem ao sul do meu coração,
sem me perguntar o que eu queria, sem saber do que eu sentia.
Vento frio.
Sobe pela espinha...quase mata meu coração cansado.
Talvez esse vento tenha se esquecido da história de Paula e Bebeto...onde toda maneira de amar vale à pena.



Paula e Bebeto

Composição: Milton Nascimento / Caetano Veloso

Ê vida, vida, que amor brincadeira, à vera
Eles se amaram de qualquer maneira, à vera
Qualquer maneira de amor vale à pena
Qualquer maneira de amor vale amar
Pena, que pena, que coisa bonita, diga
Qual a palavra que nunca foi dita, diga
Qualquer maneira de amor vale aquela
Qualquer maneira de amor vale amar
Qualquer maneira de amor vale a pena,
Qualquer maneira de amor valerá
Eles partiram por outros assuntos, muitos
Mas no meu canto estarão sempre juntos, muito
Qualquer maneira que eu cante este canto
Qualquer maneira me vale cantar
Eles se amam de qualquer maneira, à vera
Eles se amam é prá vida inteira, à vera
Qualquer maneira de amor vale o canto
Qualquer maneira me vale cantar
Qualquer maneira de amor vale aquela
Qualquer maneira de amor valerá
Pena, que pena, que coisa bonita, diga
Qual a palavra que nunca foi dita, diga
Qualquer maneira de amor vale o canto
Qualquer maneira me vale cantar
Qualquer maneira de amor vale aquela
Qualquer maneira de amor valerá

terça-feira, novembro 27, 2007

Direto pro fundo do poço...

Como os assuntos da semana tem girado em torno dos amores mal resolvidos, mal fadados, etc e tal... Não resisti em postar essa música. Me lembrei de meu amigo Bruno e uma história triste que me contou.

Idos tempos, Bruno se encantou por uma gaja, sua amiga na época. A tal garota, abandonada por ele, que se disse apaixonado por outra; lhe cantou essa música em alto e bom som!!! E pôs fim a relação se condenando ao rancor...que dura até hoje, pois o velho disco riscado não a deixa esquecer a dor.

Ele não voltou pra ela... mas os versos ainda ressoam em sua cabeça. Tem partes que me caem bem...

Não Vale A Pena

Maria Rita
Composição: J. E P. Garfunkel

Ficou difícil
Tudo aquilo, nada disso
Sobrou meu velho vício de sonhar
Pular de precipício em precipício
Ossos do ofício
Pagar pra ver o invisível
E depois enxergar
Que é uma pena
Mas você não vale a pena
Não vale uma fisgada dessa dor
Não cabe como rima de um poema
De tão pequeno
Mas vai e vem e envenena
E me condena ao rancor
De repente, cai o nível
E eu me sinto uma imbecil
Repetindo, repetindo, repetindo
Como num disco riscado
O velho texto batido
Dos amantes mal-amados
Dos amores mal-vividos
E o terror de ser deixada
Cutucando, relembrando, reabrindo
A mesma velha ferida
E é pra não ter recaída
Que não me deixo esquecer
Que é uma pena
Mas você não vale a pena

Cuide bem do seu amor

A vida sem freio me leva
Me arrasta e me cega
No momento em que eu queria ver
O segundo que antecede o beijo
A palavra que destrói o amor
Quando tudo ainda estava inteiro
E o instante em que desmoronou
Palavras duras
Em voz de veludo
E tudo muda
Adeus velho mundo
Há um segundo
Tudo estava em paz
Cuide bem do seu amor
Seja quem for
Cuide bem do seu amor
Seja quem for
Em cada segundo cada momento
Cada instante é quase eterno
Passa devagar
Se seu mundo for o mundo inteiro
Sua vida seu amor seu lar
Cuide tudo que for verdadeiro
E de tudo que não for passar
Palavras duras
Em voz de veludo
E tudo muda
Adeus velho mundo
Há um segundo
Tudo estava em paz
Cuide bem do seu amor
Seja quem for
Cuide bem do seu amor
Seja quem for
Palavras duras
Em voz de veludo
E tudo muda
Adeus velho mundo
Há um segundo
Tudo estava em paz
Cuide bem do seu amor
Seja quem for
Cuide bem do seu amor
Seja quem for
Cuide bem
Do seu amor
Seu amor
(Herbert Viana)

segunda-feira, novembro 26, 2007

Elocubrações a cerca do amor e dos compromissos

Esse post nasceu de uma conversa com meu querido amigo Diego...viagem de gente apaixonada, hehe. Diego é um cara pra lá de bacana, especial. Que ainda acredita no amor, nos compromissos firmados em coração. Eu também!
Apaixonados (não um pelo outro, que isso fique claro, rs), lúcidos, românticos e metidos a escrever "cousas".
Fãs declarados de Ludov (não temos medo de declarações). Ele, filho da cidade do poeta maior. Eu? Só tento.
E é de tanto tentar que estamos nessa vida. Nossa missão?
Brilhar! Somos gente de verdade.
Segue o texto...espero que goste, Diego. Espero que gostem, quem ler...
Bjos

"As pessoas têm medo de assumirem compromissos...
Esse é o ponto.
Essa é a palavra.
Compromisso.
Responsabilidade com a vida do outro.
Medo demais de viver...de ser feliz. Certa vez eu li que existe um esforço muito maior na busca da infelicidade do que o contrário. É que ser feliz é muito simples...
Ser feliz dá trabalho. Vivemos na sociedade onde o mais complexo é mais interessante. Ou aquilo que consideramos complexo.
O que dá trabalho de verdade é a responsabilidade. Assumir seus atos.
Na verdade ninguém quer assumir nada.
A questão é: as pessoas dizem que querem ter alguém.
Mas é mentira.
Se der um pouco de trabalho, não querem mais.
Qualquer relacionamento precisa ser cativado. Diariamente.
Abrir mão de nós mesmos...de desejos que não fazem parte da vida em comum
Se dar pelo outro...
Compromisso, responsabilidade...só vêm...quando estamos dispostos a construir...a abrir mão...a se doar...
Se existe um pouco de egoísmo...não rola. E não existe aqui a anulação. Pois a capacidade de se doar permite a liberdade incondicional do ser amado. Liberdade de alma e não de corpo.
Fidelidade a princípios e não a convenções.
Quem ama e assume, não tem medo de viver o impossível, o improvável, o que é “invisível aos olhos”, o inefável...
Corre atrás do que se quer.
Amar não é uma prisão.
Mas tem que cuidar como se cuida de um jardim.
Regar, tirar as pragas, adubar...e deixar...pra crescer sozinho. Florescer por si.
O amor expande.
Vejo como algo que abre possibilidades e não que limita.
Está presente, mas não sufoca.
O amor verdadeiro sempre compensa.
Os compromissos, e não se trata aqui de papéis assinados ou rótulos sociais, mas do respeito à reciprocidade de sentimentos e de sua nutrição, existem porque não existe amor à primeira vista...vida comum se cria cada dia um pouquinho...
Há de ter paciência...muita.
E disposição...disposição pra amar
Sim...se não tiver disposição, não tem nada.
Afinal o que nessa vida é garantido?
No amor e nos compromissos, também vale a máxima do mínimo de inspiração e o máximo de transpiração.
E esquecer o medo. Se a gente tiver medo, não vive nada.
Amor não é sorte.
Amor é doação.
Eu ainda acredito no amor e nos compromissos que nascem no coração.
E me pergunto: e o amor?"

Da sincronicidade da vida ou Saint Exupery tinha razão



Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra.

Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, mas não vai sozinha e, nem nos deixará só, porque leva um pouco de nós e deixa um pouco de si.

Há os que levam muito e deixam pouco, há os levam pouco e deixam muito.

Essa é a responsabilidade mais bela da vida e a prova de que não nos encontramos por acaso.

Saint-Exupery tinha razão, nos tornamos responsáveis pelo que cativamos. O que não quer dizer que não continue achando "O pequeno príncipe" um livro de miss...

A sútil diferença está em: o que queremos cativar em nós e no outro? Até onde queremos ir? Estamos preparados para essa responsabilidade?

De que adianta plantar, regar e não colher os pequenos grandes sentimentos e desafios que nos cercam?

E eu me pergunto novamente: E o amor? Onde está?

(Foto: Mucuri/BA fev-2007. Da mais árida paisagem é possível o nascimento da delicadeza da vida. O mais árido coração é capaz de receber...?)